quinta-feira, 15 de julho de 2010

Associação Neurocientifica declara apoio a uso medicinal e recreativo da maconha após prisão de músico

A notícia divulgada pela FOLHA UOL hoje, dia 14/07/2010, diz que um grupo de neurocientistas que estão entre os mais renomados do país escreveu uma carta pública para defender a liberalização da maconha não só para uso medicinal, mas para "consumo próprio", informou Eduardo Geraque em reportagem publicada na edição de quarta-feira do periódico. A motivação do documento foi a prisão do músico Pedro Caetano, baixista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, preso desde o dia 1º sob acusação de tráfico por cultivar dez pés de maconha e oito mudas da planta em casa, em Niterói (RJ). Segundo o advogado do músico, ele planta a erva para consumo próprio.

Os cientistas falam em nome da SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento), que representa 1.500 pesquisadores. De acordo com os membros da sociedade, existe conhecimento científico suficiente para, pelo menos, a liberalização do uso medicinal da maconha no Brasil. Veja a íntegra da carta:

"A planta Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, é utilizada de forma recreativa, religiosa e medicinal há séculos mas só há poucos anos a ciência começou a explicar seus mecanismos de ação.

Na década de 1990, pesquisadores identificaram receptores capazes de responder ao tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo da maconha, na superfície das células do cérebro. Essa descoberta revelou que substâncias muito semelhantes existem naturalmente em nosso organismo, permitiu avaliar em detalhes seus efeitos terapêuticos e abriu perspectivas para o tratamento da obesidade, esclerose múltipla, doença de Parkinson, ansiedade, depressão, dor crônica, alcoolismo, epilepsia, dependência de nicotina etc. A importância dos canabinóides para a sobrevivência de células-tronco foi descrita recentemente pela equipe de um dos signatários, sugerindo sua utilização também em terapia celular.

Imagem publicada na matéria da folha falando do uso terapeutico da maconha


"Em virtude dos avanços da ciência que descrevem os efeitos da maconha no corpo humano e o entendimento de que a política proibicionista é mais deletéria que o consumo da substância, vários países alteraram, ou estão revendo, suas legislações no sentido de liberar o uso medicinal e recreativo da maconha. Em época de desfecho da Copa do Mundo, é oportuno mencionar que os dois países finalistas, Espanha e Holanda, permitem em seus territórios o consumo e cultivo da maconha para uso próprio.

Bedrocan, uma das variedades de maconha medicinal vendidas na Holanda



Ainda que sem realizar uma descriminalização franca do uso e do cultivo, como nestes países, o Brasil, através do artigo 28 da lei 11.343 de 2006, veta a prisão pelo cultivo de maconha para consumo pessoal, e impõe apenas sanções de caráter socializante e educativo.




White Widow e Bio, duas das centenas de variedades de maconha para uso recreativo vendidas na Holanda.


Infelizmente interpretações variadas sobre esta lei ainda existem. Um exemplo disto está no equívoco da prisão do músico Pedro Caetano, integrante da banda carioca Ponto de Equilíbrio. Pedro está há uma semana numa cela comum acusado de tráfico de drogas. O enquadramento incorreto como traficante impede a obtenção de um habeas corpus para que o músico possa responder ao processo em liberdade. A discussão ampla do tema é necessária e urgente para evitar a prisão daqueles usuários que, ao cultivarem a maconha para uso próprio, optam por não mais alimentar o poderio dos traficantes de drogas.

Cultivo de maconha empreendido por agricultor Brasileiro, vulgo "Bedrocan".


A Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC) irá contribuir na discussão deste tema ainda desconhecido da população brasileira. Em seu congresso, em setembro próximo, um painel de discussões a respeito da influência da maconha sobre a aprendizagem e memória e também sobre as políticas públicas para os usuários será realizado sob o ponto de vista da neurociência. É preciso rapidamente encontrar um novo ponto de equilíbrio.



Stevens Rehen e Sidarta Ribeiro, neurocientistas a favor da liberalização de uso recreativo e medicinal da maconha.

Cecília Hedin-Pereira (UFRJ, diretora da SBNeC)

João Menezes (UFRJ)

Stevens Rehen (UFRJ, diretor da SBNeC)

Sidarta Ribeiro (UFRN, diretor da SBNeC) "



A FORÇA ORGANIZADA ANTI PROIBICIONISTA (F.O.A.P.), EM NOME DE TODOS SEUS MEMBROS, PARABENIZA AOS CIENTISTAS DEVIDO SEU COMPROMISSO SOCIAL E POLÍTICO , COM UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE PÚBLICA: ÉTICOS E TRANSPARENTES, LUTAM COM EMBASAMENTOS CIENTIFICOS E DADOS IRREFUTÁVEIS PELA QUESTÃO DA CANNABIS.


NOS DA FOAP, COMO TAIS CIENTISTAS, LUTAMOS POR UMA SOCIEDADE COM:
* MAIOR REDUÇÃO DE DANOS
*MAIS REGULAMENTADA QUANTO AO USO DA MACONHA
* MENOS PRECONCEITUOSA
*MAIS ATENCIOSA E MENOS VITIMADORA DE SEUS PROPRIOS CIDADÃOS (POR QUEM DEVERIAM ZELAR), TÃO PAGADORES DE IMPOSTOS COMO TODOS.


EM BUSCA DE SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS ORIUNDOS DA CANNABIS E SEU USO, A FOAP E SEUS MEMBROS LUTAM POR UMA SOCIEDADE BRASILEIRA QUE CUMPRA SUAS LEIS VIGENTES, COMO CITADO PELO ARTIGO 28 DA LEI 11.343 DE 2006, É VETADA A PRISÃO PELO CULTIVO DE MACONHA PARA CONSUMO PESSOAL, SENDO IMPOSTO APENAS SANÇÕES DE CARATER SOCIALIZANTE E EDUCATIVO.

A FOAP VISA FOMENTAR A DISCUSSÃO DO TEMA, E TODOS SEUS MEMBROS DEIXAM AQUI DECLARADA SUAS EMOÇÕES PERANTE TAIS AVANÇOS RELATIVOS A CANNABIS NO CENÁRIO NACIONAL.


MENCIONAMOS QUE ALGUNS PIONEIROS NO CULTIVO DA MACONHA, infelizmente, JA FORAM PRESOS NA ESPANHA PELO CULTIVO DE ERVA, ATÉ QUE HOUVE MUDANÇAS RELATIVAS AS POLITICAS PUBLICAS PARA CANNABIS. COMEMORAMOS A VITÓRIA DO NOSSO PIONEIRO, PEDRO CAETANO, E SUA CONQUISTA DE LIBERDADE MEDIANTE CORREÇÃO DAS DETURPAÇÕES DA APLICAÇÃO DA LEI.

Propaganda Antiproibicionista desenvolvida por cultivador de maconha brasileiro.


LUX